segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

NOS BASTIDORES DO DIÁLOGO PAPAL: Jorge Bergoglio e Joseph Ratzinger
Vanessa Castro (Nota da cinéfila: ⭐⭐⭐⭐⭐)
O cineasta brasileiro Fernando Meirelles oferece talvez, seu filme mais eloquente com 'Dois Papas'. A ideia é fazer prevalecer através do diálogo a simbologia do papado como a necessidade real do significado de Cristo crucificado num mundo tão dividido. No filme não apenas internalizamos o poder precioso da comunicação, mas também nos elevamos enquanto seres humanos que nos regozijamos em ouvir e cantar "Dancing Queen" do Abba e a linda "Bella Ciao" bem ao estilo argentino. É uma dádiva sentar numa poltrona de uma certa sala de projeção cinematográfica para assistir a atuação incorrigível de um tal Anthony Hoppinks e Jonathan Pryce num sentido prazeroso de respeito mútuo como Bento e Bergoglio em seus inúmeros pontos de vista diferentes.
Profundamente humano, 'Dois Papas' é um duelo verbal sem necessidade de vencedores regido por belas canções como "Besame Mucho" e "Guantanamera" e "Ave-Maria Barroca" com fartas doses de um delicioso humor virtuoso nos personagens. Os flashbacks da adolescência do Papa Francisco I são orgânicos sem esquecer a explicação do mesmo ao comparar a necessidade do coletivo tanto no futebol como na própria RELIGIÃO. 
Se há controvérsias...bem, faz parte do jogo. É preciso saber ouvir para só depois comunicar. No CINEMA ver é o óbvio até porque a tarefa mais importante é ouvir e entender. Ouçam, então, essa pérola cinematográfica do nosso querido Fernando Meirelles (...)


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