sábado, 1 de junho de 2013

Minha Atuação na Vida... Cinéfila Vanessa

Minha Atuação na Vida...
(As Três Paixões)

Três paixões, simples, mas fortes, governam minha vida: o desejo cinematográfico de entender o amor, a humilde procura do conhecimento e a corrosiva compaixão pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ventos, levam-me de um lado para outro, em caminhos caprichosos, para além de um profundo oceano de angústias, chegando à beira do verdadeiro descobrimento.
Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – êxtase tão grande por àqueles que prezo e rezo! Procurei-o também, porque abranda a solitude – aquela terrível solidão em que uma consciência horrorizada observa, da margem do mundo, insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente, porque na união do amor vi, em minha mística miniatura, a visão prefigurada do paraíso que atores, santos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e procuro e, embora pudesse parecer bom demais para a vida humana, foi o que encontrei.
Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei compreender a psiquê dos homens. Desejei saber por que alguns para mim, brilham como astros tão distantes! E tentei apreender a força platoniana pelo qual a idéia sublima a matéria: um dualismo corpo x mente (Psicanálise). Tentei aprender a força pitagórica pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco disso, não muito, encontrei.
Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, conduziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de grito e dor reverberam em meu coração. Crianças famintas e sedentas, vítimas torturadas por opressores, velhos desprotegidos – odiosa carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, pobreza e dor transformaram em arremedo o que a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.
Isso é um pouco da minha vida. Acho-a ao meu modo, digna de ser vivida e vivê-la irei com a maior alegria quantas vezes a oportunidade me for oferecida, pois amo tudo que conheço, mesmo com o pesar da velha chama que teima em consumir a subjetividade que me faz ser e sinto a cada instante (...)
Van (Cinéfila)

O CIRCUNSPECTO OLHAR CINEMATOGRÁFICO


O CIRCUNSPECTO OLHAR CINEMATOGRÁFICO

Para o verdadeiro ator de CINEMA, um olhar qualquer, mesmo inteiramente abstrato ou puramente atemporal ou sentimental, se traduz imediatamente e se exprime soberanamente por fatos filmofônicos, por sombras, luzes e formas animadas num quadro prateado de ilusão, que chamamos de ecrã cinematográfico. OLHEMOS, então!
Bom dia!

A Cinéfila