quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A VOCÊ, COM AMOR




A você, com amor
O amor é o murmúrio do ser humano
como que de repente,
os ventos do grande acontecimento o traz
no nascimento do acaso...
E a sensação de abandono é sumariamente tamponada,
a rútila felicidade
do rubor da face, da fonte, da fronte
e da onda errante que é a vida, pois não acontece em notas harmoniosas
Mas o amor... Este acontece calmo, calado e verdejante

O amor é como a memória cinematográfica
que o tempo não desbota,
E a canção não perde o tom
feliz e absurda...

E o filme inaudível... E a música indelével

O silêncio que rompe o estampido
e parece transbordar
a persona de quem freme
quando o vôo de uma borboleta
parece ficar... Para sempre!

O amor é Deus em plenitude
sem medida
como sol e chuva
Que nos invade como um exército desarmado
Trazendo assim o mistério da vida.
O amor verdadeiro destinado a você
É a música da luz em movimento.
É tesouro armazenado. É voz consciente e melodia de PIANO inconsciente
O amor verdadeiro é um tesouro armazenado, no fim da planura de um arco-íris.
Com amor,
Vanessa Castro (Cinéfila e pretensa psicanalista)

terça-feira, 23 de outubro de 2012


 

... E este circunspecto gentleman inglês já traz em seu currículo 7 indicações ao prêmio OSCAR. Com merecidas duas estatuetas que atestam seu trabalho depudorado e sua atuação superlativa. Coincidência ou não, só me ocorre que: 7 indicações ao OSCAR; 7 de Sétima Arte; 7 número do infinito... 7(...) 7 vidas tem O GATO que pinta o 7! É isso, super feliz! kkkkkkkk Boa Noite, friends! Enfim, a metáfora por traz do circunspecto inglês se converte como um espelho, lançado para a eternidade: Day-Lewis, erupção em fogo lento(...)

domingo, 14 de outubro de 2012


Desde tenra idade comecei a apreciar o CINEMA. E quando assisti ao filme 'CINEMA PARADISO', me encantei com um menininho de apelido Totó. Um bambino encantado com o CINEMA e com a transformação de luz em som e sombra, porque assim é feito o CINEMA e só é possível, mediante um defeito óptico nosso. O filme 'NUEVO CINEMA PARADISO' é um paraíso no que tange a difícil missão de explicar o que significa o cinema para um cinéfilo. O filme consegue a proeza de explicar esta relação complexa e difícil de definir entre ecrã e cinéfilo(a). É como se o cinema pudesse virar às costas e dar vida a platéia. Ah o CINEMA, invenção do séc. XX que juntamente com a PSICANÁLISE explicitou o cordão imbilical, a simbiose e uma relação orgânica entre público e grande tela. O cinema por sua expressão máxima de imagens, simboliza o baluarte do viver contemporâneo urbano: Estar só, estando completamente junto, como o grande público reunido na sala de exibição. Cada catarse é ÚNICA. E como entenderia bem isso... Um heterônimo de FERNANDO PESSOA, o cético, Álvaro de Campo, em seu POEMA EM LINHA RETA!  Eis então, Totó... Representando como sujeito imaculado a paixão de todos os cinéfilos: Um menino encantado com o CINEMA e com a transformação de luz e som. Mais tarde, o adulto nostálgico, embalado pelos amores de sua vida... E eu no meu percurso de cinéfila, nunca pensei que me identificaria tanto com a Itália, onde tudo se transforma em drama, fervor, louvor e amor (...) Eis o mistério da vida para uma miúda cinéfila... Boa tarde, AMORES MIOS!

domingo, 7 de outubro de 2012

A METÁFORA DA PENA E DO NAVIO

Atriz francesa Juliette Binoche, a namoradinha do cinema independente e de arte francês, mas vertida mundialmente. Juliette Binoche, a eterna menina moça com espectro de carência, olhar melancólico que capta um aparente desengano existencial... Mas sorrateiramente, uma erupção em fogo lento de peso e medida de uma cigana que se deleita ao sabor e aroma de um chocolate, como no filme CHOCOLATE. Juliette Binoche a eterna partner de Thomas, na pele de Tereza no insubstituível, A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER. Juliette Binoche que suportou o peso da metáfora da pena e do navio que - leve e pesado, igualmente e estranhamente, arcam com o peso da política e da liberdade amorosa, airosamente definida por Milan Kundera e magistralmente levada ao cinema por Phillip Kaufman. Binoche que suportou o peso anatômico e psicológico de um personagem dayliwiniano: superlativo, diáfano e visceral no mesmo 'A Insustentável...! Lindo! Juliette Binoche símbolo cinematográfico e ao mesmo tempo mulher emancipada, carente, forte, insatisfeita à imagem e semelhança de seus personagens, numa leitura PSICANALÍTICA inaudível... Binoche uma diva, saibam! Binoche para mim Vanessa Castro, difícil de definir sua melhor atuação: A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER (1988) E CÓPIA FIEL (2010) e que boa indefinição, eu diria(...)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O FEITIÇO DE ÁQUILA
É uma ressonância psíquica o filme O Feitiço de Áquila que exerce uma grande força catalisadora na vida de quem o assistiu, é claro que sem deixar de lado o forte apelo ao amor romântico do século XII e por certo tempo – o amor platônico, imputado, paraplégico, unilaterial, diurno-noturno, surdo-mudo e imcompreendido. Entretanto, o amor real só é possível quando vivenciarmos tal integração e transformação do nosso lado contra-carnal e físico interior, caso contrário, experimentaremos projeções irreais que impedirão a essência de amar e ser amado por outro ser – ver a si e ao outro como se realmente é.
Mas a minha captação é desde que eu era uma criança... O Feitiço de Áquila é e sempre vai ser para mim, aparentemente um filme para agradar platéias infato-juvenil, mas o cunho filosófico é para adultos. Uma fantasia medieval, uma história de cavaleiros, fé e honra. Uma poesia visual em encerra com as verdades mais comoventes que o cinema tem nos apresentado! Um dia sem noite e uma noite sem dia, mas assim como o dia nascerá amanhã e depois quem sabe, mais dias, menos dias... Não acontece um eclipse lunar ou solar, e como falcões e lobos seguiremos... Solitários como os lobos e atentos como os falconiformes... O que importa é que sejamos fiéis a nós mesmos e aos outros, tendo como exemplo de união estas duas distintas espécies animadas.
Ass.: Vanessa Castro (Cinéfila)... Alguém que sempre gostou de lobos e falcões, afinal, são fiéis aos seus parceiros, e quem sabe talvez, fadados a eternidade com esta fidelidade. Vai se saber!!!


A METÁFORA ANTOLÓGICA NO ESTILO DAYLIWINIANO


DESDE TENRA IDADE, UMA COISA APRENDI NA MINHA VIDA: METAFORIZAR A ARTE DE INTERPRETAR COM O ESTILO ANTOLÓGICO E SUPERLATIVO DE UM GENTLEMAN INGLÊS DE NOME DANIEL Michael Malcon Balcon Bacon Blac
k DAY-LEWIS. A METÁFORA ESTÁ EM INTERPRETAR O ESTILO DAYLIWINIANO A UMA ERUPÇÃO EM FOGO LENTO. SE DAY-LEWIS FOSSE UMA FILOSOFIA, SERIA O EXISTENCIALISMO - PELA EXPERIÊNCIA DO VIVIDO EM CADA 24 FOTOGRAMA POR SEGUNDO. E SE DAY-LEWIS FOSSE UM JOGO, SERIA O DE XADREZ: DISCRETO, INTELIGENTE, CHARMOSO, ELEGANTE E PARA TEMPOS MAIS SOFISTICADOS. Eis então o homem e seu ofício maior de atuar que enobrece a SÉTIMA ARTE. Filme Lincoln com estréia prevista para fevereiro no Brasil (...) E como diria William Shakespeare: "O resto é silêncio"... EIS O TRAILER OFICIAL EM HD!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A METÁFORA DO CARTEIRO





Habitei Londres pelos filmes que assisti, pelos mistérios que cultivo, pelos atores que segui, pelas músicas que ouvi e pelos jogos de tabuleiro que revelavam a mim, seu mapa. O que posso dizer é que tudo que faz lembrar fumaça, melancolia, sobretudo, fuligens, brumas... Eu no melhor estilo inglês, denominaria de arte. A Londres das fuligens.
Li também que Londres é onde se encontram amores, os antigos. Claro que, me esquivo de uma ou outra concretude amorosa, mas naqueles dias, pensei muito sobre minha vida. Fiquei pensando como seria se trabalhasse em Londres, como carteira. E me imaginei entregando cartas todos os dias... Em uma rua como muitas que vi, com pessoas morando ali. Sei que deviam ser encantadoras. Carteira porque guardo minhas memórias da infância e dentre tantas, tinha um hábito constante de organizar as correspondências já abertas de minha família, dar um laço, colocar na cestinha da bicicleta e sair jogando cartas pelos arrabaldes da casa. E era vizinha da agência dos Correios, onde trabalhava o carteiro Belmiro e sabia exatamente a hora deste levar as cartas de minha casa e a tarefa de recebê-las, coube a mim. Achava aquela profissão mágica. Sempre gostei de cartas. O que se pode inferir sobre uma comparação entre a atividade do carteiro e a do cinema? É que em maior ou menor grau ambos trabalham com a palavra e imagem, tem a atribuição de levar a mensagem aos seus interlocutores. Carteiro - um transportador de metáforas!
Desde os tempos remotos o homem ansiava por comunicar-se e para tanto buscou as mais diversas formas, as possíveis em cada momento. Há muitos, muitos anos, os homens se comunicavam através de gestos e gritos. Contavam as suas histórias fazendo desenhos nas paredes das cavernas (pinturas rupestres). Depois, o homem passou a utilizar telégrafos de tochas, telégrafos de tambor, telégrafos por sinais de fumaça e pelo reflexo dos espelhos usando a luz do sol. As tribos indígenas utilizavam tambores para transmitir códigos sonoros e fogo como códigos visuais para comunicação à distância. Os asiáticos usavam pedras, mesangeiras estas de notícias boas ou ruins, dependendo da sua textura, cor e peso. Estas cenas já foram retratadas em filmes... Belíssimos.
Certamente um dos momentos mais belos da minha infância que gosto de relembrar são os filmes que mostravam a figura do carteiro. Na época eram mensageiros encarregados de levar pessoalmente correspondências dedicando a vida ao envio de mensagem dos imperadores. Eles atravessavam a linha de fogo, rápidos, ágeis, sem olhar para trás, destemidos em sua missão.
Com códigos comuns e definidos, o grande desafio na comunicação sempre era o alcance da mensagem. Em 1850, estabeleceu-se uma ligação entre a Inglaterra e o resto da Europa através de cabos marítimos que utilizavam o Código Morse.
A história da evolução das formas de comunicação é muito bonita e nos remonta ao início da humanidade, ela nos faz viajar pelos espaços do tempo e nos lembra que o carteiro representa um dos grandes elos da comunicação humana. Os carteiros e carteiras, são conhecidos de longe e, muitas vezes, alvos de grandes expectativas, já que levam nas mochilas sonhos, vivências, histórias de alegria, tristeza e esperança compartilhadas de um ponto ao outro do nosso planeta.
A profissão de carteiro, em sua função propriamente dita, foi gerando afetos, criando cumplicidades, partilhando sentimentos, mitigando dores e quebrando solidões, neste peregrinar diário de porta em porta.
Outro exemplo é o filme “O Carteiro e o Poeta”, que traduz uma visão do romance de Antonio Skármeta. Esta adaptação encena o momento em que o poeta chileno Pablo Neruda fica exilado em uma ilha na Itália. Certa cena o personagem Mario diz a Neruda que gostaria de ser poeta, ao que ele responde: “Não, é melhor que você continue como carteiro, pois os carteiros andam bastante e não engordam. Nós poetas somos muito gordos”. Este texto é uma espécie de grito de afirmação sem compromisso de uma suposta profissão que eu poderia ter - mesclando poesia e política, literatura e cinema, embalados pelas metáforas!
Naquele momento o poeta e o carteiro se confundem em uma nota só. Para Mario, Neruda é não só o poeta do amor, mas o próprio Amor, e é assim que ele o descreve para o Chefe do correio com esta frase: - "... a mulher dele o chama de Amor".
Ora, a motivação maior com a qual o indivíduo conta para se sentir forte e criativo no transcorrer de sua vida é exatamente o Amor. É ele que nos move a agirmos de forma verdadeira e harmônica com os seres que nos cercam.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012



MÉDICO NO CÉU
São Raimundo Nonato, agosto de 2012: já faz um mês – um mês que nós guardamos nos recônditos de nossos corações – a saudade do tio Waldir Ribeiro Dias, ou mais conhecido como, Dr. Waldir. O médico capacitado e amigo de todos. Desde tenra idade ouvia de uns Fulanos de Tal que o Dr. Waldir conseguiu salvar a vida de tantos... Meu Deus! Hoje sentimos o vôo rápido e certeiro para o céu deste notável homem de letras que partiu... Mas somente as pessoas incríveis voam tão rápido assim. E eu poderia estabelecer uma metáfora ou quem sabe, uma analogia do tio Waldir com os pombos volteadores, porque seus vôos nunca são realizados em vão. O tempo da vida é assim... como uma flecha.
Hoje, quinta-feira, Teresina, rezei em intenção do nosso mui caro, leal e majestoso Dr. Waldir Ribeiro Dias, o homem do pensamento sempre positivo. Neste mês, estive mais calada e mais reflexiva do que de costume... E hoje desabafo: Muita saudade.
Tio Waldir – valoroso médico e amigo, exerceu sua digna profissão como um artesão que manuseia um bisturi como um maestro embala sua batuta orquestralmente. Desde criança sempre olhava para as figueiras da casa da tia Ada e do tio Senhor e sempre que quero ficar alegre me reporto àqueles áureos tempos. Tempos em que tantas vezes no regaço do vestido de minha mãe, chegava o tio Waldir e me auscultava e prescrevia um infalível remédio... Assim, o mau súbito se ia rapidinho. Hoje, o tio Waldir é médico no céu de névoas...  
Então minha imaginação de cinéfila, sempre me diz que um médico no céu, também é belo. E isto é airoso e honesto. Que linda e honrada profissão a ter! E assim, neste dia, mesmo com tanta saudade que sentimos, somos permeados por um sentimento balsâmico ao pensar neste homem de valor que tanta vida salvou e eu diria: "Acho que podemos fazer um filme com a trajetória do tio Waldir. Um filme com roteiro e sem roteiro, afinal, ele foi e é versátil e espirituoso por demais. Amante fervoroso da Medicina e da Psicanálise, de tal forma que contagiou filhos e netos. E a todos os seus bem-amados: Esposa, filhos, genros, nora, netos e bisneto... Deixo a minha rosa e a minha ternura. E as consultas do tio Waldir que foram tantas, continuam sendo prescritas com muita simpatia e carisma e salvando rosas no céu. E é com a honestidade de uma criança que cumprimentaria o tio Waldir Ribeiro Dias pelos seus gestos gloriosos com a circunspecção que acredito que habita em um MÉDICO NO CÉU!
Meu cumprimento a todos os entes queridos do tio Waldir e em especial, para a querida prima Isa Moema, um ser humano diáfano a quem a gentileza humana fez seu último reduto!
Da prima e parente,
Vanessinha (cinéfila) da Alborina e do Gersinho.
Boa Noite!