sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Ao Romântico Que Interessar (...)
Filme: Hannibal
Vanessa Castro (Cinema & Psicanálise)

Muita gente tem a impressão de que HANNIBAL vem antes e não como uma seqüência do INESQUECÍVEL romance cinematográfico PSICOLÓGICO - O SILÊNCIO DOS INOCENTES, do depudorado Jonathan Demme. Alguns fãs extremados consideram-no a terceira parte da trilogia do Dr. Lecter, que na verdade começa com o excelente DRAGÃO VERMELHO.
De certa forma, vejo HANNIBAL como uma história romântica, escura e trágica, mas, por debaixo de sua suprfície de violência, suspense e terror... Fascina-me esta história de amor impossível e seu inegável senso de humor negro. Dois personagens que não podem separar-se na vida, e, mesmo existindo um abismo entre eles, são espíritos afins. Um é o acerto do outro na honradez, incorruptibilidade, verdade e SANIDADE MENTAL. O outro é a metamorfose de seu ponto de vista distorcido de HUMANITÁRIO.
Thomas Harris criou um rico e hipnotizante romance para ser transformado em película CINEMATOGRÁFICA nas mãos e visão de Jonathan Demme, Ridley Scott e Michael Mann. E num delicioso estilo clássico e enigmático, percebe-se que as melhores cenas são aquelas que permanecem em nossos TERRITÓRIOS PSICOLÓGICOS. Esta película é um legado de suspense psicológico e intelectual e um embate de intligência entre os protagonistas, numa trama linear, porém, cheia de surpresas.
Sempre me entristece o final de um filme, e quando este é elaborado dentre parâmetros técnicos e cinematograficamente corretos, aliado a visão junguiana de um vilão que suprime o mocinho...
HANNIBAL, película emocionante em habilidades faciais e motoras, estilo clássico e louco, penetrante e envolvente numa mente psicótica (Anthony Hopkins): Ótimo.
Obra cinematográfica fleumática, com personagens soberbos e atmosfera frenética.
Sendo assim, apaguem as luzes, tranquem suas portas psicológicas e BUON APPETITO (...)
Pizzo breve!
Vanessinha, uma cinéfila