terça-feira, 7 de maio de 2013

 

PRÓLOGO CINEMATOGRÁFICO

O século XX acordou com a proliferação de uma invenção que soube definitivamente marcar o advento de um novo tempo. O tempo da imagem em movimento! Um aparelho advindo do termo grego chamado 'CINEMATÓGRAFO', posto em movimento através dos visionários irmãos franceses, Louis e Auguste Lumière, em 1895, conseguiu realizar um sonho desejado consciente ou inconscientemente há milênios: a capacidade de ludibriar a morte. Porque no CINEMA... O homem adquiriu a velocidade do movimento utópico de superar esta frágil condição humana - que é a morte. Com a invenção cinematográfica o homem conquistou um novo passo para a eternidade.
Com o surgimento do CINEMA, o homem reinventa sua imagem à semelhança do seu potencial lúdico. Com a invenção da PSICANÁLISE, onde os sonhos já eram interpretados e as ruas não mais, cheiravam a cavalo, a SÉTIMA ARTE surge como uma insurreição que vincula-se a importantes invenções do breve séc. XX como: o avião, o telefone, o aço fundido que marcou a tecnologia náutica e a revolução feminina. Para mim, o século foi breve porque com grandiosas invenções... A história do século nos deixaria trepidados! O CINEMA através de seu ecrã que afirma sua megalomania, atinge e reformula novos conceitos culturais, acarretando maior democratização do saber, porque CINEMA não se lê, CINEMA se vê! Talvez por isso, o CINEMA tenha tentado ao longo dos anos, minimizar o analfabetismo funcional.
De todas as manifestações artísticas, o CINEMA foi a única que como caçulinha das artes que apresentou dados históricos de nascimento e fadado à eternidade, porque o CINEMA carrega todos os signos e sinais pertinentes às artes. Necessita de uma autoria e trabalha com a sensibilidade do espectador.
Daí a eterna dicotomia entre obra de arte e bem de consumo. Mas somente as grandes invenções dão margem para tal indagação!
Para mim, Vanessa Castro (uma anônima cinéfila), desde tenra idade sei que uma coisa é certa: desde que os irmãos Lumière continuaram a inversão de imagens projetadas em paredes distantes, porque CINEMA existe desde cinco mil anos, antes de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, onde o homem deixou de ser o mesmo. O homem através dos 24 fotogramas por segundo, auto-registrou-se numa complexa e nem bem sucedida busca da perfeição, sonhada de acordo com sua ótica. Mas é exatamente esta busca por perfeição que estimula o CINEMA a continuar criando imagens em movimento que elevam nossa condição de SERES HUMANOS, numa verdadeira profissão de fé!
Vanessa Castro (Cinéfila)