domingo, 17 de novembro de 2013

Na Cabine de Projeção... Sua Excelência, o Cinéfilo!

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  • CARTA AO CINÉFILO TELÚRICO QUE INTERESSAR...
    25 anos da italianíssima película NUEVO CINEMA PARADISO!
    Homenagem da cinéfila Vanessa Castro!
    NOTA DA CINÉFILA VANESSA CASTRO: 5 Estrelas!

    Cidade de Giancaldo (Nossa São Raimundo Nonato/PI)

    Giancaldo é uma cidadezinha siciliana. Dessas pequenas cidades que tem uma única Igreja, um único cinema, um único pároco e um único saber. Na Itália do pós-guerra o mesmo padre que recita o sermão dominical oferece a pequena população local - na falta de outro milagre - o milagre do cinema. Beijos calados do cinema mudo, torsos à mostra são imagens do pecado a serem eliminados da exibição. Em suma, os habitantes do lugar nunca assistiram a um verdadeiro happ-end!
    No entanto, a película Nuevo CINEMA PARADISO, revoluciona aos mostrar através de seus astros e estrelas uma história desnuda. A cabine de projeção é o principal elemento. É como se o público pudesse dar às costas à tela para poder observar melhor. Acostumado a sempre mostrar as próprias vísceras através das histórias de seus artesãos, o cinema abre as portas da cabine de projeção e explicita assim, seu cordão umbilical, sua vital ligação com o cinéfilo, este CINÉFILO QUE ATRAVÉS DE SUA PRÓPRIA CONCEPÇÃO, transforma uma ilusão de imagem, numa fantasia personificada de verdade. Este CINÉFILO que se constituiu em volta de si mesmo por sua capacidade de envolvimento e de se deixar envolver pela persuasão do idealismo lúdico e utópico que cultiva com sua própria essência.
    Talvez por isso, o cinema tenha sido a arte que melhor expressa o viver contemporâneo urbano: estar só, estando completamente junto. Uma solidão compartilhada com a vida na tela... Um estranhamento com os personagens da vida real. A trilha sonora de Ennio Morricone simboliza a um só tempo os eflúvios de sonhos que se evolam dos seres e das coisas, transformando luz, sombra e som num mundo de secreta e vaga ausência mundana, embalamo-nos em nostalgia e vida dos amores secretos debaixo de guarda-chuvas e tempestades que não páram...
    Com grandiosidade CINEMATOGRÁFICA e eloqüência própria da linguagem da Sétima Arte, este ITALIANÍSSIMO filme marcou em especial, a história íntima e pessoal de seus seguidores: OS CINÉFILOS.
    Desta forma o amante da SÉTIMA ARTE segue, solitário - a construção de sua história, lançando um olhar estético, erguendo um jogo de espelhos para a eternidade. O personagem do garotinho Totó, representa psicanaliticamente, o símbolo... E símbolo este imaculado dos cinéfilos e cinéfilas que se encontram em cada sala e gesto de onde possa haver um germe de CINEMA...

    Ass.: Vanessa Castro Macêdo (Cinéfila)

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Scott e os Replicantes

BLADE RUNNER - O Caçador de Andróides

O cineasta Ridley Scott e seus Replicantes.
O filme Blade Runner questiona o presente através de previsões sombrias. Esta obra-prima de ficção científica representa um atípico filme deste gênero e, talvez por isso, assustadoramente plausível. Longe da assepcia tecnológica e do arcadismo que dominam o tipo, o futuro de SCOTT é sujo, caótico e perigoso sob uma chuva ácida que parece castigar a humanidade. Apocalíptico e virtuoso a um só tempo, Blade Runner levanta reflexões a partir do estudo psicológico de seus personagens e sobre a natureza humana. O detetive (Harrison Ford) está ao melhor estilo NOIR e os replicantes parecem remedar a fragilidade e vulnerabilidade da raça humana. Este cult movie representa um duelo sentimental a respeito da imperfeição que busca, desesperadamente, uma perfeição impossível. Talvez, quem sabe, em prol de REDENÇÃO. E fica a dica...


sábado, 5 de outubro de 2013

PROJETO: Caixa Cinematográfica

A Casa ou a Caixa CINEMATOGRÁFICA, seja o que for... Sejam bem-vindos!

O CINEMA REGRESSA á CASA... (Cinema - A Arte da Memória)

No CINEMA as históricas que se contam são como lugares. São habitados por àqueles a quem pertenceram em tempos longínquos, não necessariamente por aquilo que alguém pode chamar de espíritos. A história (roteiro) de um filme é como uma casa... Uma velha casa cinematográfica com diversos níveis, diversos andares, quartos, salas, corredores, portas e janelas, porões e sótãos, covas e grutas... Espaços inúteis...
As paredes são a memória filmofônica. Raspe um pouco uma pedra, aproxime uma orelha e ouvirá histórias certamente!
O tempo recolhe aquilo que o dia traz e aquilo que a noite esparge, cuida e aprisiona. O testemunho é a pedra. O estado da pedra!
Cada pedra é uma página escrita, lida e cancelada. Tudo adere-se aos grãos de terra. Uma história, um roteiro, um roteirista, uma casa, um ator, um cineasta... Um livro, uma ideia, uma adaptação. Um amor, um torpor... Uma PROJEÇÃO! Uma película... Sutilmente imbuído (...) amarelada pelo tempo (...) na memória...

Vanessa Castro (Cinéfila e pretensa Psicanalista)

UM GERME DE CINEMA

UM GERME DE CINEMA

O Cinema é um fenômeno novo dos povos colonizados e colonizadores e não uma entidade privilegiada. Onde houver um (a) cinéfilo (a) disposto (a) a falar a verdade em torno de uma película cinematográfica e a discordar dos padrões hipócritas e policialescos da anti-cultura, aí haverá um germe vivo do CINEMA. Onde houver um cinéfilo (a) disposto (a) a enfrentar o comercialismo barato, a pornografia e o tecnicismo cinematográfico, aí haverá um germe do CINEMA. Onde houver um (a) cinéfilo (a), de qualquer idade, pronto (a) a pôr seu CINEMA, sua vida e sua visão das causas importantes de seu tempo e também, de conteúdos atemporais e imemoriais, aí haverá um germe do CINEMA.
Sim, eu creio que existe esta CINEFILIA!

... Com meu amor atemporal a SÉTIMA ARTE,
Vanessa Castro (Cinéfila e pretensa psicanalista)

domingo, 22 de setembro de 2013

O Cinema Regressa a Casa...
(Cinema – A Arte da Memória)
                                                                                                    
No cinema as histórias que se contam são como lugares. São habitados por aqueles a quem pertenceram em tempos longínquos, não necessariamente por aquilo que alguém pode chamar de espíritos. A história de um filme é como uma casa. Uma velha casa com diversos níveis, diversos andares, quartos, corredores, portas e janelas, porões e sótãos, covas e grutas... Espaços inúteis.
As paredes são a memória filmofônica. Raspe um pouco uma pedra, aproxime uma orelha e ouvirá coisas certamente!
O tempo recolhe aquilo que o dia traz e aquilo que a noite esparge, cuida e aprisiona. O testemunho é a pedra. O estado da pedra. Cada pedra é uma página escrita, lida e cancelada. Tudo adere-se aos grãos de terra. Uma história. Um roteiro. Uma casa. Um livro. Um ator. Uma projeção. Um filme... sutilmente imbuído (...) amarelado pelo tempo (...) na memória...
A Cinéfila

sábado, 1 de junho de 2013

Minha Atuação na Vida... Cinéfila Vanessa

Minha Atuação na Vida...
(As Três Paixões)

Três paixões, simples, mas fortes, governam minha vida: o desejo cinematográfico de entender o amor, a humilde procura do conhecimento e a corrosiva compaixão pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ventos, levam-me de um lado para outro, em caminhos caprichosos, para além de um profundo oceano de angústias, chegando à beira do verdadeiro descobrimento.
Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – êxtase tão grande por àqueles que prezo e rezo! Procurei-o também, porque abranda a solitude – aquela terrível solidão em que uma consciência horrorizada observa, da margem do mundo, insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente, porque na união do amor vi, em minha mística miniatura, a visão prefigurada do paraíso que atores, santos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e procuro e, embora pudesse parecer bom demais para a vida humana, foi o que encontrei.
Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei compreender a psiquê dos homens. Desejei saber por que alguns para mim, brilham como astros tão distantes! E tentei apreender a força platoniana pelo qual a idéia sublima a matéria: um dualismo corpo x mente (Psicanálise). Tentei aprender a força pitagórica pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco disso, não muito, encontrei.
Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, conduziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de grito e dor reverberam em meu coração. Crianças famintas e sedentas, vítimas torturadas por opressores, velhos desprotegidos – odiosa carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, pobreza e dor transformaram em arremedo o que a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.
Isso é um pouco da minha vida. Acho-a ao meu modo, digna de ser vivida e vivê-la irei com a maior alegria quantas vezes a oportunidade me for oferecida, pois amo tudo que conheço, mesmo com o pesar da velha chama que teima em consumir a subjetividade que me faz ser e sinto a cada instante (...)
Van (Cinéfila)

O CIRCUNSPECTO OLHAR CINEMATOGRÁFICO


O CIRCUNSPECTO OLHAR CINEMATOGRÁFICO

Para o verdadeiro ator de CINEMA, um olhar qualquer, mesmo inteiramente abstrato ou puramente atemporal ou sentimental, se traduz imediatamente e se exprime soberanamente por fatos filmofônicos, por sombras, luzes e formas animadas num quadro prateado de ilusão, que chamamos de ecrã cinematográfico. OLHEMOS, então!
Bom dia!

A Cinéfila

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vestes de um Circunspecto Artesão

O Circunspecto Gentleman

Day-Lewis é um virtuoso. Ele parece pensar holisticamente em seus personagens, enquanto sutilmente constrói um mosaico realista e perturbador; parecendo vestir com acuidade cada máscara cênica. E para um ator que veste uma personalidade como uma pessoa normal vestiria um casaco, com naturalidade e elegância, talvez ele viva mesmo um dualismo verbal não se considerando bom o suficiente para explicar o que sente, mas o fato é que sempre utilizou com eloqüência a nobre resposta do silêncio. É como se, mais do que criar um muro de estrelismo em torno de si, quisesse pacientemente se revelar somente pelo próprio trabalho ou simplesmente pelo que gira em torno dele; é como se quisesse não ter mais rosto, dissolvendo-se nos infinitos tipos antológicos humanos que tão convincentemente engendra, ficando enfeitiçado por cada um deles.
Parece (propositadamente) não permitir que o quase imperceptível homem Daniel Day-Lewis atropele o extraordinário ator, um profissional que pode às vezes beirar até o histriônico, mas jamais é superficial e jamais se espelha nos seus papéis. Um homem que realmente incorpora e fica “tomado” pelos personagens que veste.
Daniel sabe que seu personagem é inteligente e não se preocupa com o bom senso convencional. E fica a pergunta? Será Day-Lewis um romântico moderno? Daniel Day-Lewis... Uma erupção em fogo lento.
Ass.: Vanessa Castro (Cinéfila)

terça-feira, 21 de maio de 2013

MINHA ATUAÇÃO NA VIDA...

Minha Atuação na Vida...
(As Três Paixões)

Três paixões, simples, mas fortes, governam minha vida: o desejo cinematográfico de entender o amor, a humilde procura do conhecimento e a corrosiva compaixão pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como os fortes ventos, levam-me de um lado para outro, em caminhos caprichosos, para além de um profundo oceano de angústias, chegando à beira do verdadeiro descobrimento.
Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase – êxtase tão grande por àqueles que prezo e rezo! Procurei-o também, porque abranda a solitude – aquela terrível solidão em que uma consciência horrorizada observa, da margem do mundo, insondável e frio abismo sem vida. Procurei-o, finalmente, porque na união do amor vi, em minha mística miniatura, a visão prefigurada do paraíso que atores, santos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e procuro e, embora pudesse parecer bom demais para a vida humana, foi o que encontrei.
Com igual paixão busquei o conhecimento. Desejei compreender a psiquê dos homens. Desejei saber por que alguns para mim, brilham como astros tão distantes! E tentei apreender a força platoniana pelo qual a idéia sublima a matéria: um dualismo corpo x mente (Psicanálise). Tentei aprender a força pitagórica pela qual o número se mantém acima do fluxo. Um pouco disso, não muito, encontrei.
Amor e conhecimento, até onde foram possíveis, conduziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a compaixão sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos de grito e dor reverberam em meu coração. Crianças famintas e sedentas, vítimas torturadas por opressores, velhos desprotegidos – odiosa carga para seus filhos – e o mundo inteiro de solidão, pobreza e dor transformaram em arremedo o que a vida humana poderia ser. Anseio ardentemente aliviar o mal, mas não posso, e também sofro.
Isso é um pouco da minha vida. Acho-a ao meu modo, digna de ser vivida e vivê-la irei com a maior alegria quantas vezes a oportunidade me for oferecida, pois amo tudo que conheço, mesmo com o pesar da velha chama que teima em consumir a subjetividade que me faz ser e sinto a cada instante (...)
Van (Cinéfila)

KAIRÓS...






Chronos & Kairós

Oscar Wilde será sempre a melhor  referência para os que cantam e buscam compreender a ação inexorável do tempo. Seu "the picture of Dorian Gray" foi a primeira obra que dele li , querendo mergulhar na alma anglo-irlandesa. Dentro da alma inglesa mergulhei, e lá, acreditei que esta em nada se distancia da alma brasileira quando o que queremos é questionar -sem resposta- a fugacidade da matéria, a rapidez dos minutos, o escoamento das horas, o surgimento das rugas, o momento único do encontro, o transcurso certeiro do tempo... É reconhecendo a invencível força do tempo kairós, que curvando-me a ele -ainda que sempre em atraso -, ofereço à Chronos alguns minutos para cantar Afrodite, no altar da beleza. Por isso, escrevo...
                 ...E se escrevo assim, mais para filosofia do que para literatura, é porque a vejo não como uma criação fictícia de um autor, mas, para colocar-me "porquês", estes, tão próprios à filosofia. São tantos porquês, que alinhados, serviriam àqueles poemas dos anos 40 e agora aos "haikais" japoneses. São tantos "porquês", que lembro-me de Shakespeare -"a todo porque corresponde um portanto", e lembrando-me dele, tento entender porque tenho tantos questionamentos, onde não me contenho num espaço meu próprio. Tento compreender a linguagem elíptica cinematográfica que fala em 33 rotações e vive mergulhada nas letras e nas imagens.
O que dizer? Dizer que minha vida segue; que a vida é uma sucessão de acertos e desacertos; comédia de erros; encontros e desencontros; nada absoluta e definitivamente relativizada nos senões do dia-a-dia, nos que partem sem prévio aviso, nos que deixam saudades (palavra esta relativa á pátria única, no entanto, exprime um sentimento universal), nos que nos sorriem, acenam em uma rua que guarda uma livraria, e não os vemos mais.  Por isso, cantemos toda a transitoriedade e vivamos felizes o momento. "Amo o amor dos marinheiros", dissera Neruda, "deixam uma promessa e nunca mais retornam".
                    Tentei aplicar Neruda. Não quis tomar-lhe tempo.  Não posso deixar de dizer o que penso e como vejo a tela da vida para além da projeção: tela linda, por dentro e por fora, encantadoramente inteligente, sempre (...)
                   Sempre é bom se ter a visão privilegiada das retinas...
O cinema é como um espelho providencial a mim em tais circunstâncias...

Vanessa Castro (Uma anônima cinéfila)!
                    



O TEMPO DA IMAGEM CHEGOU!


terça-feira, 7 de maio de 2013

 

PRÓLOGO CINEMATOGRÁFICO

O século XX acordou com a proliferação de uma invenção que soube definitivamente marcar o advento de um novo tempo. O tempo da imagem em movimento! Um aparelho advindo do termo grego chamado 'CINEMATÓGRAFO', posto em movimento através dos visionários irmãos franceses, Louis e Auguste Lumière, em 1895, conseguiu realizar um sonho desejado consciente ou inconscientemente há milênios: a capacidade de ludibriar a morte. Porque no CINEMA... O homem adquiriu a velocidade do movimento utópico de superar esta frágil condição humana - que é a morte. Com a invenção cinematográfica o homem conquistou um novo passo para a eternidade.
Com o surgimento do CINEMA, o homem reinventa sua imagem à semelhança do seu potencial lúdico. Com a invenção da PSICANÁLISE, onde os sonhos já eram interpretados e as ruas não mais, cheiravam a cavalo, a SÉTIMA ARTE surge como uma insurreição que vincula-se a importantes invenções do breve séc. XX como: o avião, o telefone, o aço fundido que marcou a tecnologia náutica e a revolução feminina. Para mim, o século foi breve porque com grandiosas invenções... A história do século nos deixaria trepidados! O CINEMA através de seu ecrã que afirma sua megalomania, atinge e reformula novos conceitos culturais, acarretando maior democratização do saber, porque CINEMA não se lê, CINEMA se vê! Talvez por isso, o CINEMA tenha tentado ao longo dos anos, minimizar o analfabetismo funcional.
De todas as manifestações artísticas, o CINEMA foi a única que como caçulinha das artes que apresentou dados históricos de nascimento e fadado à eternidade, porque o CINEMA carrega todos os signos e sinais pertinentes às artes. Necessita de uma autoria e trabalha com a sensibilidade do espectador.
Daí a eterna dicotomia entre obra de arte e bem de consumo. Mas somente as grandes invenções dão margem para tal indagação!
Para mim, Vanessa Castro (uma anônima cinéfila), desde tenra idade sei que uma coisa é certa: desde que os irmãos Lumière continuaram a inversão de imagens projetadas em paredes distantes, porque CINEMA existe desde cinco mil anos, antes de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, onde o homem deixou de ser o mesmo. O homem através dos 24 fotogramas por segundo, auto-registrou-se numa complexa e nem bem sucedida busca da perfeição, sonhada de acordo com sua ótica. Mas é exatamente esta busca por perfeição que estimula o CINEMA a continuar criando imagens em movimento que elevam nossa condição de SERES HUMANOS, numa verdadeira profissão de fé!
Vanessa Castro (Cinéfila)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A METÁFORA DO AMOR! ENZO & VANESSA

Da Chuva... Às Lágrimas de Luz!
Depois de espargir no Facebook e em meu blog O Circunspecto Gentleman, que o CINEMA e o ato de se ver e rever filmes é como retornar à casa... A uma velha casa com corredores úmidos, portas e janelas, sótãos e porões, quartos e salas e... Espaços inúteis... Torno a reafirmar - meu amor a um estimado professor meu de CINEMA e como um sinete, carimbar que - depois de ter me deixado envolver por centenas de takes que se encadeiam com coerência e expõem uma história, que pode me levar ao riso, ao sobressalto e às lágrimas... Reafirmar que o CINEMA firmou-se como um triunfo inigualável desde milênios...
É através do mecanismo fílmico que sentimos a fusão do grande encontro entre duas histórias... A história do viver real e da estória de um personagem... Eis que através dos 24 fotogramas por segundo, tais histórias se fundem!
E das lágrimas que cessam assim que dá-se o THE END de uma projeção que podemos sentir o fenômeno da existência humana. E é essa tristeza momentânea que observamos no CINEMA: a separação arrasadora de duas almas gêmeas; a dor incontrolável de uma morte que não devia acontecer; a separação abrupta de duas almas gêmeas que não poderia ser e a infindável paixão irrealizada.
No entanto, o que ensopa nosso lenços não é a evocação das mazelas, mas a esperança mágica e cinematográfica que só o cinema e a literatura tem a coragem de nos oferecer.
No cinema... Nossa coragem é sempre aplaudida no final... Somente no cinema a poesia dramática nos é contada em espaços secretos que nos é familiar! Porque no cinema toda subversão é aplaudida de acordo com o gênero fílmico e as infinitas variações que dele possa se extrair. CINEMA é isso... É luz em movimento; é 24 fotogramas por segundo. Cinema é o encontro mágico entre a imaginação e o reencontro predestinado. Afinal, é esta esperança dramática, sabidamente fantasiosa, mas imprescindível, que nos faz, solitários românticos, à diferença dos contentes, chorar VERDADEIRAS LÁGRIMAS DE LUZ - CINEMATOGRÁFICAS. Muita luz, então, para nós - seres humanos e que vemos...! Van cinéfila

domingo, 17 de fevereiro de 2013



O Cinema Regressa a Casa...
(Cinema – A Arte da Memória)
                                                                                                    
No cinema as histórias que se contam são como lugares. São habitados por aqueles a quem pertenceram em tempos longínquos, não necessariamente por aquilo que alguém pode chamar de espíritos. A história de um filme é como uma casa. Uma velha casa com diversos níveis, diversos andares, quartos, corredores, portas e janelas, porões e sótãos, covas e grutas... Espaços inúteis.
As paredes são a memória filmofônica. Raspe um pouco uma pedra, aproxime uma orelha e ouvirá coisas certamente!
O tempo recolhe aquilo que o dia traz e aquilo que a noite esparge, cuida e aprisiona. O testemunho é a pedra. O estado da pedra. Cada pedra é uma página escrita, lida e cancelada. Tudo adere-se aos grãos de terra. Uma história. Um roteiro. Uma casa. Um livro. Um ator. Uma projeção. Um filme... sutilmente imbuído (...) amarelado pelo tempo (...) na memória...