O CINEMA À CASA TORNA (...)
O Cinema
Regressa a Casa...
(Cinema – A
Arte da Memória)
"No cinema as histórias que se contam são como lugares imaginários. A colônia de povoamento é arquetípica Junguiana. São
habitados por aqueles a quem pertenceram em tempos longínquos, não
necessariamente por aquilo que alguém pode chamar de espíritos. A história de
um filme é como uma casa. Uma velha casa com diversos níveis, diversos andares,
quartos, corredores, portas e janelas, porões e sótãos, covas e grutas...
Espaços inúteis.
As paredes são a memória filmofônica. Raspe um pouco uma pedra,
aproxime uma orelha e ouvirá coisas certamente!
O tempo recolhe aquilo que o dia traz e aquilo que a noite
esparge, cuida e aprisiona. O testemunho é a pedra. O estado da pedra. Cada
pedra é uma página, escrita, lida e cancelada. Tudo adere-se aos grãos de
terra. Uma história. Um roteiro. Uma casa. Um livro. Um ator. Uma projeção. Um sonho posto à análise psicanalítica. Um
filme... Sutilmente imbuído (...) amarelado pelo tempo (...) na memória..."
V. (Aprendiz de Cinefilia)